Conta-me histórias

Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto. E se um conto for o somatório de pontos de vista diferentes sobre a mesma história? TiC e TaC são irmãos que partilham pontos de vista diferentes sobre um mundo que nem sempre se conjuga...

terça-feira, março 14, 2006

Capítulo II

Um vulto, pés titubeantes, marcas deixadas na areia molhada da praia. Movia-se incerto mas rápido. Parecia não ter um objectivo perfeitamente definido. Apenas o olhar, como se aproximássemos a câmara, fixo e vazio no cimo da escosta.

O som suave do mar misturava-se com as passadas rápidas e o murmúrio da areia sob pés descalços. A chuva fraca chegava para pintalgar os óculos do vulto que agora se encontrava na base da encosta.
À sua frente desenhava-se uma torpe escada de madeira, ondulando e mingando à medida que percorria a rocha ascendente. No topo, apenas uma luz.
Com um movimento rápido da cabeça certificou-se de que não era seguido e iniciou a subida.
Aos poucos a respiração tornou-se mais ofegante e o objectivo mais próximo.
...
De forma eficiente e com movimentos, agora lestos, aproximou-se da casa. Assim que atingiu a base da janela de onde provinha a luz encostou-se, gozando por momentos a segurança alcançada.
Podiam-se ouvir claramente os risos vindos do interior. Uma conversa indistinguível inundava a divisão, única da casa iluminada. Uma música de fundo alimentava e aquecia o ambiente.
O vulto, que silenciosamente se erguera, observava agora os dois irmãos.

1 Comments:

Blogger TatianaCarvalho said...

opá não consigo deixar de comentar.
Que orgulho que és do meu sangue! tecnicamente eu é sou do teu, mas isso são pormenores...
è impressionante quando eu pensava que te tinha ownado lá vens tu com algo inda melhor...
és do catano!c'o a breca!

10:18 da tarde  

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