Conta-me histórias

Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto. E se um conto for o somatório de pontos de vista diferentes sobre a mesma história? TiC e TaC são irmãos que partilham pontos de vista diferentes sobre um mundo que nem sempre se conjuga...

domingo, abril 30, 2006

Capítulo IV


O dia amanheceu claro e radioso.
Por entre os hiatos do pequeno postigo entravam teimosamente os primeiros raios de luz...
Sôfrega, a pele do pequeno humanóide, sorvia os fotões que lhe lambiam o corpo... Deu por si a acordar... De dentro de casa não se ouvia um som...
Contemplou por um instante os movimentos suaves e espumosos do oceano e achou-se a levantar. Atrás de si, um pequeno amontoado de tecidos de tonalidade incógnita. Agora, os raios solares incidiam-lhe directamente na face. Protegeu os olhos com uma das mãos. Imediatamente o seu rosto abandonou o grato torpor, observando horrorizado o membro que se erguera a contra-luz...

Elevou as duas mãos como que numa prece impossível e contemplou o sangue coagulado que revestia parte das palmas e costas das mãos. Sentiu o líquido seco onde estivera deitado.
- O que é que eu fiz? - gritou silenciosamente.
Sem pensar mais duas vezes abandonou desajeitadamente o pequeno cubículo ao lado da casa onde se instalara e correu para a praia deserta.

1 Comments:

Blogger TatianaCarvalho said...

já paravas de beber... isto daíu-te um bocadinho, quase nada MACABRO!!!

Ia ag o que é qu eu faço com isto, ó mestre?

Suspiros criativos e pensativos

8:56 da tarde  

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